sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Visite o povoado de Zipaquirá. Vale a pena

O povoado de Zipaquirá merece uma visita mesmo que breve. A Catedral da cidade,  na praça principal, tem uma arquitetura incrível. Divide o espaço com a Prefeitura – alcadia – e com casarões antigos. A vida segue tranqüila no lugarejo apesar do grande número de turistas que visitam a Catedral do Sal.
Como em nossas pequenas cidades, os funerais são acompanhados a pé com o carro fúnebre à frente até a entrada da matriz. Aliás, na Colômbia – segundo informações de um taxista – uma grande empresa controla os funerais (carros, flores, locais para velórios, etc). Começou de forma tímida e cresceu de tal forma que hoje está em todos os povoados. Estranha maneira de ganhar a vida.

                                          Matriz de Zipaquirá



                                        Prefeitura do povoado


                                          Funeral em Zipaquirá

Catedral ou Mina? Visite e descubra

Zipaquirá fica a 48 km de Bogotá. É povoado pequeno que tem uma atração diferente: a Catedral do Sal numa Mina de Sal. Ou uma Mina com uma Catedral desenhada pelos mineiros. Para ver a diferença é melhor conhecer o local. Ponto turístico bastante concorrido na região, você pode chegar de ônibus – uma hora com saída do Portal Norte (olha o ponto cardeal!!) na autopista norte com tarifas comuns de 1,80 pesos, através dos agenciamentos programados pelos hotéis ou de táxi mesmo. Todos os táxis em Bogotá têm taxímetro com tarifas honestas. Mas, se você for a Zipaquirá converse bem e escolha o melhor preço. Alguns cobram além do passeio até a Catedral, o preço pela hora parada. Pechichando consegue-se um bom preço.
Quando chegar à Catedral prepare-se para andar em um chão um tanto escorregadio e se tiver claustrofobia não entre. São túneis de uma antiga mina de sal com toda a Via Crucis – os 14 caminhos vividos por Cristo desde a prisão até a sepultura. Em cada ponto, um guia faz as explicações sobre os motivos que fizeram os artistas esculpirem aquele caminho daquela forma e porque possuem iluminações diferentes. Em todas a cruz é representada em formas distintas. Ao final da Via chega-se a Igreja ou Catedral – onde em ocasiões especiais – como a Semana Santa – há celebrações oficiais.
Leve agasalho, dentro da mina é bastante frio. Paga-se 17 mil pesos para a visita à catedral e o passeio completo incluindo o Museu do Mineiro 20 mil pesos. Jornalista com carteira internacional tem desconto.

                       Parque de acesso à Catedral do Sal

                       Primeira estação da Via Crucis na Catedral do Sal


                    
                                O altar da Catedral do Sal ao fundo

Não se preocupe com a falta do celular

É difícil manter uma periocidade de notícias quando se tem tanto para ver. Bogotá é uma cidade muito interessante e é claro que tem pontos turísticos que são imperdíveis. Para quem quer conhecer a cidade é bom começar pelo centro histórico – Plaza de Bolívar – que tem ao redor a Catedral Primada, Palácio da Justiça, Capitólio Nacional – sede do Congresso – e o Palácio Liévano – Prefeitura. Você se localiza na cidade pelos pontos Norte, Sul, Oriente e Ocidente. Ainda nesta região é importante conhecer o Museu Botero com 123 obras do artista colombiano Fernando Botero - sua Monalisa ilustra este blog -  (não vá terça-feira – quando ele fecha), a Biblioteca Luiz Angel, Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez – com uma livraria mexicana maravilhosa e o fantástico Museu do Ouro. Um pouco mais distante dos demais, mas, um lugar imperdível. Este é o único museu pago – 3 mil pesos por pessoa. A não ser que você seja jornalista com uma carteira internacional. Aí não paga nada.
O Cerro Montesserate é outro lugar que não se pode deixar de ir. De dia ou à noite se tem uma vista espetacular de Bogotá. Pode-se chegar ao ponto de 3.600 metros de altitude (500 metros acima do resto de Bogotá) de teleférico ou funicular – um trem elétrico que sobe a montanha, com preços de 14 mil pesos de dia e 17 mil à noite. No alto há dois bons restaurantes – San Isidro e Santa Clara – mas não vá sem reserva, pois a espera é de mais de duas horas. Além deles, a capela de Montesserat. Após descer do funicular prepare-se para andar muito até chegar no topo do cerro. Sobe-se muito a pé e se for à noite, prepare-se para enfrentar um frio intenso.
Aliás, a cidade tem características especiais: sol e frio misturam-se durante todo o dia. Os colombianos dizem que em Bogotá não há estações diferenciadas. Apenas todas em um único dia, ou o período maior de chuvas que eles chamam de inverno.  Dezembro parte da cidade foi atingida por inundações.
Uma característica diferente: Não se preocupe se você não tiver um celular. Por toda a cidade existem camelôs – ou algo parecido – que alugam celulares por minuto. Nunca tinha visto nada parecido. São muito concorridos.
                   Exposição de litogravuras no Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez


                         Entrada do Museu Botero - localizado no Banco de La República

                          
                                          Peça no Museu do Ouro



                               Centro histórico próximo ao Centro Cultural
                               Gabriel Garcia Marquez e Museu Botero


                             
                                   Vista da cidade do Cerro Montesserate

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Desculpem a demora. Foi amor à primeira vista

Centro histórico de Bogotá (Foto Tê Delage)

Ignore tudo que você sabe até hoje sobre a Colômbia. Esqueça o terrorismo, as Farc, o narcotráfico. A Colômbia está muito além disso. Não sou profunda conhecedora do povo da América do Sul, mas o colombiano é sem dúvida o povo mais gentil que conheci. Ao cumprimento\agradecimento “gracias” ele responde “com mucho gusto”.  São prestativos, dispostos a indicar o caminho que você não conhece e muitas vezes acompanhá-lo até o local. Se você quer um restaurante de massas e está em um cuja especialidade não é essa, o maitre lhe mostra outro restaurante do lado oposto da rua e ainda, sugere pratos e pasmem – não fazem parte de uma rede. São concorrentes.
Esta é uma Colômbia que os brasileiros não conhecem. A capital – Bogotá – no momento está em obras. Nas principais ruas da cidade e em algumas autopistas. A arquitetura da cidade mistura o velho e o novo, mas não tem prédios enormes como nossas grandes cidades. A grande maioria abusa do tijolo aparente, especialmente nas áreas residenciais.  Parecidos, mas harmoniosos.  Quem quiser conhecê-la sozinho contará com  a boa vontade de seu povo para ajudar a explorar seus melhores atrativos.
O peso colombiano é paritário ao real – ou quase isso - mas a diferença é que em Bogotá o custo de vida é menor. Nesta viagem a escolha foi o Hostel La Pinta (Calle 65 – 5 – 67) com uma diária de 35 mil pesos, com direito a café da manhã. Mais ou menos 35 reais. Um hotel limpo, agradável, localizado em uma área de casas antigas. Nada extraordinário, mas agradável para se terminar o dia. Você é recebido por jovens, atendido por jovens sempre dispostos a ajudar na sua aventura.
A Colômbia está se revelando uma paixão à primeira vista.