domingo, 9 de janeiro de 2011

Virada do ano nas muralhas de Cartagena

Mais uma vez, a demora em postar histórias desta viagem maravilhosa. Muitas coisas aconteceram e o tempo foi curto para escrever sobre tudo. Cartagena das Índias tem uma maneira peculiar de passar a virada do ano: as ceias são realizadas nas ruelas do centro histórico e organizadas por famílias residentes, restaurantes, bares e hotéis. O turista é convidado a participar e basta pagar uma quantia que não chega a ser exorbitante. Uma família muito especial (dona Big e dona Beth) nos convidou para ceiar em frente à casa que está na família há mais de 100 anos, pela quanta de 120 mil pesos (o equivalente a 120 reais) com direito a entradas, carne de porco assada, as famosas ensalladas (saladas), frutas e champanhe.
Decidimos circular pelo centro histórico e não participamos de nenhuma ceia. Preferimos olhar tudo, apreciar aquela confraternização diferente e interagir com os cartageneros. À meia noite todos se dirigem à muralha que cerca o centro histórico para assistir a queima de fogos. Bonitos e simples. Não tem as pirotecnias que a maioria das grandes cidades produz. Mas, mesmo assim, tem calor humano e é divertido. Em Cartagena, o povo celebra nas ruas. Aqueles que não querem ficar no centro histórico, ficam nas praças, nas praias, com cadeiras e verdadeiras ceias que compartilham. Esta é a palavra que resume tudo: compartilhar.



Nas ruas do centro histórico, as famílias compartilham as ceias com turistas e familiares



          O cartagenero se diverte nas ruas do centro histórico


                                    A simplicidade dos fogos vistos da muralha

domingo, 2 de janeiro de 2011

Cartagena das Índias, um entorpecimento dos sentidos

Cartagena das Índias finalmente. Um misto de emoção e entorpecimento dos sentidos. Uma luminosidade extraordinária. Sol a pino e a mistura do novo e do antigo. Logo na chegada, a fantástica muralha e o mar do Caribe. Na mente as memórias do “Amor nos tempos do cólera” de Gabriel Garcia Marquez lido há muitos anos. Na chegada ao Hotel San Pietro – hotel simples, acolhedor, fora das muralhas, na região conhecida como Bocagrande, diária de 318 mil pesos para três pessoas – somos recebidos com uma refrescante limonada. Aliás, sucos por aqui de todos os tipos – abacaxi (pina), tamarindo, naranja (laranja), maracujá e outros.
Quando vier não esqueça de verificar se o hotel tem ar condicionado ou pelo menos ventilador de teto. Se não, o melhor é dormir na praia. O calor é intenso. A sugestão para o almoço do primeiro dia foi fantástica – comida colombiana no restaurante “La cosina de Socorro”. A pedida foi peixe e camarões mas a novidade fica com os acompanhamentos – patacones (bananas verdes prensadas e fritas à milanesa) e arroz com coco (escuro!!). A decoração uma característica de Cartagena – kitsch. Uma mistura de objetos e cores mas que ao final fazem um não sentido estético (se é que isso existe).
Da “cosina” direto para o centro histórico dentro das muralhas  e outra confusão de cores e de sons. Andando pelas ruas estreitas entre os casarões esbarra-se com turistas, com cartageneros, camelôs (vários e aos montes), vendedores de frutas (vende-se mangas picadas em copos descartáveis, muito interessante) e os condutores de charretes. Um passeio de charrete somente pelo centro sai por 40 mil pesos (40 reais) e o completo que inclui a casa de Garcia Marquez (uma tremenda frustração – toda murada), casa de veraneio do Julio Iglesias (sim ele tem casa aqui) e os pontos históricos – Museu da Inquisição, Museu do Ouro, Plaza Simon Bolívar, o famoso Sofitel Santa Clara (antigo convento transformado em hotel de luxo) e a Plaza Santo Domingo com a famosa estátua de Botero – La Gorda, por 70 mil pesos.
                     
                                     Entrada do restaurante

                         
                                 Detalhe da Cosina de Socorro



                                    Uma das entradas da muralha


                
                                   Turismo de charrete



                              Estátua de Botero na Plaza Santo Domingo

sábado, 1 de janeiro de 2011

Uma viagem para os sentidos - Andrés Carne de Rés

Ao sair de Zipaquirá a ordem é parar em outro povoado – Chía. Lá está o famoso “Andrés Carne de Rés”. O restaurante que ultrapassou os limites de um simples lugar para se comer bem e tornou-se uma atração para os sentidos – todos. Em tese o restaurante está aberto todos os dias. Mas nesta viagem, lamentavelmente, estava fechado para limpeza. As fotos da fachada mostram as extravagâncias decorativas deste que hoje é uma marca. Vacas pintadas, bancos de madeira, luminárias dependuradas nas árvores, placas informativas bizarras – se você está de dieta melhor ter ficado em casa – misturam-se e constroem um visual mais do diferente, um verdadeiro caleidoscópio decorativo.
A história é aparentemente simples – André montou junto com a esposa Stella este restaurante em Chía e ao longo dos anos foi juntando todo o tipo de quinquilharia e colocando no restaurante. É claro que ele não descuidou da qualidade da comida, do atendimento e de todos os detalhes que tornam o local excelente. Com isso tornou-se uma marca registrada que explora com muito talento. Isto pôde ser comprovado no “Andrés D.C” o restaurante que montou na capital na chamada Zona Rosa – área dos shoppings.
Em um prédio de três andares ele reproduziu alguns detalhes do restaurante do interior e desenvolveu outras idéias geniais. O primeiro andar é conhecido como “Inferno” e lá as áreas das mesas são divididas nos chamados pecados capitais. Ficamos com a “Luxúria”. Acima do Inferno, a Terra e no último andar o Céu. Quando estiver em Bogotá reserve um dia especial para o Andrés – se não quiser ir a Chía, aproveite o da capital e se encante com o sabor da comida, o visual totalmente diferente do que você já viu e o atendimento rápido e perfeito.
É difícil descrever o visual, o cheiro e o sabor da comida, além do atendimento super simpático dos garçons – todos são muito jovens – meninos e meninas. O cardápio - originalíssimo – é colocado na mesa em caixa de metal que a pessoa gira uma manivela e vai olhando e escolhendo o quer comer. Se você não entende a descrição dos pratos, não se acanhe, pergunte e todos explicam com muito cuidado. A boa opção, é claro, fica com as carnes. Os acompanhamentos são diversos: três tipos diferentes de molho, batatas fritas (papas), tomate recheado, saladas (ensaladas).
O preço não é caro – se dividido – algo em torno de 120 mil pesos (para três pessoas, com direito à bebida e sobremesa (postres).

                           Entrada do Andrés em Chia



                       Detalhe da entrada em Chía


                           Cardápio do restaurante - uma maquineta em metal


 
                     Interior do restaurante na capital

Se você for ao Andrés e quiser adquirir os inúmeros produtos - a garrafa de água é linda - eles têm uma lojinha que vende todos os produtos. Aproveitem.