sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sintra, Cascais e Estoril - uma parte de Portugal

Conhecer três cidades em um único dia é uma maratona de turista. E como boa turista, hoje foi o dia Sintra, Cascais e Estoril. A melhor dica é alugar um carro se for um grupo, mas se você estiver sozinho use o metro (sem acento) e comboio (trem). Custo de mais ou menos seis euros. De carro sai a 30 euros o aluguel de um carro – tanque vazio - mas um pedágio de quase dois euros. As três cidades são muito próximas e ficam a uma distância de mais ou menos meia hora de carro de Lisboa.
A idéia é começar por Sintra e passar nas outras duas na volta. Em Sintra, circule pelo centro histórico, ruelas, becos, cheios de lojinhas e restaurantes. Não deixe de comer na Pastelaria Periquita (por aqui, pastelarias ou docerias, são as famosas lojas de doces). Não deixe de visitar o Palácio Nacional da Pena, o Castelo dos Mouros encrustados no parque da Pena. Claro que deverão desembolsar 12 euros para conhecer os dois, mais o transporte para o Palácio ao custo de 2 euros.
Palácio Nacional da Pena


Castelo dos Mouros

Sintra foi a residência de verão dos mouros e, mais tarde, dos reis de Portugal. É Patrimônio da Humanidade e tem além dos pontos citados, o Palácio Nacional de Sintra – no coração do centro histórico e a Quinta da Regaleira. Uma propriedade particular que também tem o status de Patrimônio da Humanidade desde 1995. Um bom lugar para se comer – além da Periquita – é a Taverna Alcobaça em uma ruela conhecida como Escadinhas do Teixeira. É possível comer um bom bacalhau por 13 euros. O vinho da casa não é ruim.

Centro histórico de Sintra
Cascais é uma cidade litorânea bastante conhecida por todos que circulam por Portugal. Uma cidade para férias com casas muito grandes e hotéis deslumbrantes. Tem três praias – uma delas famosa para quem gosta de surfar – Praia do Guincho – e tem ainda uma marina completa para iates. Já Estoril – praticamente colada em Cascais – é famosa pelo Cassino. Mesmo em um dia, é possível conhecer essas três lindas cidades.
Cascais no Natal

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Belém, os pastéis, o Mosteiro, a Torre

Lisboa amanheceu com uma névoa branca encobrindo toda a cidade. Mas ao contrário do que nós mineiros estamos acostumados - cerração baixa e sol que racha - o sol só deu as caras às 15h e sumiu rapidamente às 17h. Por aqui, anoitece cedo. Mas foi possível conhecer o Mosteiro dos Jerónimos - considerada edificação mais bonita de Lisboa e a maior obra prima da arquitetura manuelina- símbolo do período áureo de Portugal, um monumento construído com o lucro obtido com as viagens comerciais. O local guarda importantes túmulos - Vasco da Gama, Luis de Camões e Fernando Pessoa.


Mosteiro dos Jerónimos

Claustro do Mosteiro

Outro local de referência, em Belém, é o Padrão do Descobrimento - símbolo do orgulho nacional português. Com um perfil elevado, possui esculturas das figuras históricas do país, relembrando a imagem dos grandes navegadores. A base tem um mapa múndi que marca as vaigens. Do alto, a vista é de perder o fôlego - dizem, eu não fui  porque tenho uma certa fobia de altura.

A Torre de Belém é outra parada obrigatória. Guarda de forma elegante o acesso à Lisboa. Construída entre 1515 e 1519, por Dom Manuel I, a Torre de Belém é dedicada a São Vicente, padroeiro de Lisboa. É uma fortaleza cheia de escadas em caracol, fica a beira do rio Tejo. Tem 35 metros de altura e se eleva dos dois lados. Para visitar a Torre e o Mosteiro a dica é pagar um ticket só ao preço de 10 euros. Se quiser visitar apenas um deles, o preço é 6 euros.


Torre de Belém

Outra parada fantástica é na Fábrica dos famosos pastéis de Belém. A pastelaria com prateleiras cheias de garrafas e paredes de azulejos azuis e brancos, funciona desde que as ordens religiosas foram expulsas em 1834. A história é interressante: despejado de um mosteiro nas proximidades e obrigado a trabalhar para viver, em 1837 um monge vendeu a receita do doce mais famoso do mosteiro para o dono de uma loja vizinha. Dependendo do dia - apesar do local ser enorme, mesmo que pela fachada você não acredite - prepare-se para enfrentar filas. Mas vale a pena.


Fábrica dos Pastéis de Belém

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Nada é o que parece

Depois de nove longas horas num vôo classe econômica, chegar a Lisboa com um dia de sol e um tempo ligeiramente frio – cerca de 12 graus – parece o paraíso.  À primeira vista é uma cidade bonita, misturando o velho e o novo de forma harmoniosa e, também, parece bem cuidada e com um trânsito tranqüilo – pelo menos no horário em que chegamos perto de 11h30 da manhã. Isso, pelo menos para um juiz-forano, já é um alento. Mas são só as primeiras impressões. E, como um primeiro dia, nem tudo parece confirmar as informações que temos sobre a cidade e o país.
Conhecemos, rapidamente, uma região onde figura a enorme estátua do Marques de Pombal – que direciona o seu olhar para chamada Baixa – área reconstruída por ele após o terremoto de 1755. Ali prédios velhos e novos se misturam, pegamos um metro (sem acento e é assim que se pronuncia) e se chegamos ao Centro Comercial Colombo – um shopping moderno, arrojado, e pasmem LOTADO de gente fazendo compras. Começam as perguntas: se há crise, se há desemprego por que tantas pessoas comprando? Parece que como acontece em qualquer lugar onde impera a sociedade do consumo, aqui também o Natal parece esconder a fria realidade da falta de dinheiro e outros problemas.
Centro Comercial Colombo - Natal animado


Nos jornais, a briga entre políticos e sindicalistas é grande. Uma declaração infeliz do primeiro ministro Passos Coelho aos professores desempregados que podem encontrar no “mercado de língua portuguesa uma alternativa ao desemprego no país” deixou o secretário geral da Federação Nacional indignado. Ele sugere que o primeiro ministro vá governar outros países, outros povos. Aqui, o funcionalismo público não vai passar um Natal muito bom: os cortes começam no 13 salário de todos que, este ano, não virá.
Apesar disso, os shoppings estão cheios e a população lota as lojas. Os preços, muito semelhantes ao Brasil, quando fazemos a conversão. Ou um dia só não dá idéia da dimensão da crise em que o pais está ou os portugueses ainda não perceberam a dimensão do problema.
E, apesar de termos a mesma língua, nosso entendimento e denominação de lugares e coisas é totalmente diferente: ônibus é autocarro, trem é comboio, bonde é elétrico, estacionamento é parque, camisa social de homem é camisola, calcinhas são cuecas, carona é boleia e se você quiser se manter antenado use a expressão fixe que significa legal, maneiro, etc. (expressão de origem africana)
Vai entender, não é? Nem nós brasileiros a eles, nem eles,  portugueses, a nós.
A foto é só para se ter uma ideia do centro comercial

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Retornando com “Crônicas de Lisboa”

Bom como esse é um blog de viagem só escrevo quando estou viajando. Daí as postagens esporádicas, mas quem sabe no futuro eu consiga uma disciplina que me faça escrever mesmo quando estiver “viajando” sem sair do lugar. Mas é bom deixar claro que não sou muito disciplinada, prometo tentar ser nessa nova viagem: rumo ao velho mundo. Não todo, mas alguns lugares especiais. A primeira parada é dia 20 de dezembro em Lisboa.  A desculpa – se é que existem motivos especiais quando se quer e se gosta de viajar – é a mudança de meu filho – único – para esta incrível cidade onde está estudando. Então vamos lá conhecer Lisboa e tudo o mais que estiver por perto e for possível.

Sem fazer nenhum planejamento a ideia é conhecer também Sintra, Cascais, Coimbra, Évora, Porto, Fátima e o que o tempo permitir... Continuando a descoberta do velho mundo vamos até a Espanha, começando com Madrid e se possível, Barcelona e Toledo. A condicional se deve ao fato de que esta é uma viagem em família, filho, nora, irmãos e sobrinhos, portanto, organizar todos os desejos de passeio entre tantos pode se revelar uma aventura sem igual e desaguar numa viagem totalmente diferente. Então quem quiser pode acompanhar esta aventura e, ainda, ficar sabendo se a família ainda está inteira (afinal viagens sempre servem como termômetro para as harmonias de grupos e tudo pode acontecer, não é? rsrs) e se estamos conseguindo conhecer todos os lugares “sonhados”.

Vou tentar atualizá-lo sempre que possível com dicas e preços dos locais interessantes e baratos. Aqueles lugares que não se pode deixar de conhecer (especialmente as dicas dos nativos) e fotos, claro, muitas fotos – mesmo que não sejam de uma fotógrafa de talento. Para dar um gostinho de “água na boca” deixo uma matéria “Crônicas de Lisboa” feita pelo repórter da Globo, Pedro Barsan para o Jornal Hoje. Divirtam-se na velha Lisboa. Eu vou, com certeza.